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sábado, 9 de abril de 2011

Hipocrisia de Orkut.

Nos últimos meses o Orkut tem sido o meio de uma frequente forma de demonstração de "humanidade", ao sair na imprensa notícias de barbáries, tragédias e/ou morte de um artista, surgem comunidades demonstrando afeto às vítimas das barbáries, tragédias ou ao artista morto em questão. Além disso, quando existe um "vilão" que provocou alguma dessas situações, surgem comunidades demonstrando sentimentos como raiva e ódio. Tudo isso parece muito bonito, muito humano e admirável. Mas não é bem assim. Geralmente, o objetivo de um usuário que cria tal comunidade é conseguir ter o status de ostentar uma comunidade com muitos membros, e o objetivo do usuário que entra em tal comunidade, geralmente, é o de parecer uma boa pessoa, com sentimentos límpidos e nobres.

Ao analisar os motivos dessa demonstração mútua de afeto, podemos perceber que não é uma situação tão nobre assim. Na verdade, é uma situação completamente desonrosa, já que o sofrimente de outros seres humanos se torna o meio de construir uma boa imagem na internet.

Analisando um caso recente, podemos ver algumas comunidades que descrevem um ódio mortal ao grande "vilão" que matou 12 crianças em uma escola no Rio de Janeiro. Esse tipo de gente que cria tais comunidades e participam das mesmas deseja mostrar um senso de honra e justiça muito aguçado, muito admirável e completamente correto. Com o desespero de demonstrar esse senso de honra e justiça, não estudam o caso, não leêm absolutamente nada sobre, e acabam cometendo erros lamentáveis. Especialistas da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) afirmam que o indivíduo não tinha saúde mental, nem respondia por seus atos(http://glo.bo/gdqY5y).

O rapaz em questão é um monstro criado, alimentado e moldado pelas pessoas com as quais ele conviveu por toda a sua vida. Esse ódio direcionado ao rapaz deveria ser direcionado para as pessoas aparentemente "normais", que, obedecendo às regras sociais estabelecidas, formaram um desequilibrado, que escolheu terminar sua vida "se vingando" da mesma. Pessoas como as que criam e entram em comunidades como as que citei.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Lar-Lua

Existem pessoas que, só ao analisar o momento que você as conhece, descobre o quão especial elas são. Só de ver que tudo conspirou a favor de ótimos momentos. Que tudo parece um roteiro pensado, que tal roteiro não decepcionaria uma horda de críticos desalmados e frios. A imensidão do negro céu, bordado com estrelas que vieram de um suntuoso veio de prata, moldadas por magos mediavais, colocadas ao longe para que, nós, ao esquercemos o valor da beleza, não coloquemo-as num patamar inferior ao da ostentação e da auto-promoção. O voluptuoso mar, num infinito vai-e-vem de ondas, numa constância inconstante, na qual ele demonstra sentimentos tão profundos. Profundos são seus sentimentos, e profundas são suas águas. Tão cheias de vida e signficados, tão cheias de história. História na qual somos apenas coadjuvantes. O respeito que o poderoso mar inspira, o sentimento que transborda de suas águas, e inunda nossos corações.

Regendo todo este espetáculo temos a lua. A mãe da noite, que zela por seus filhos, aconselhando o inquieto e hostil mar, organizando a dança das estrelas e iluminando a vida dos seus.

É ainda mais fácil perceber o quão espetácular, inigualável e incrível é este alguém olhando para todo este cenário, e percebendo que ela ofusca tudo isto. Que teus olhos se tornam retilíneos, sem paralelismo no olhar, sem espaço para a absorção de qualquer outra imagem que não o rosto dela. Não se engane, não há fim no espetáculo noturno. Mas ele se muda para os olhos dela. Olhos que suportam a imensidão do mar, a grandeza dos céus, e a beleza da Lua e das estrelas. Lábios que são tão perfeitos quanto a mais perfeita das ondas do mar. E assim, ao contemplar e compreender minimamente a grandeza de tudo isto, ficamos fascinados, tentados e extremamente atraídos.

Para que o sorriso de prazer, fascninação e nostalgia nos venha aos lábios, basta uma lembrança. Ela irá lhe parecer pálida, fraca, nada comparado ao momento real, mágico e maravilhoso, mas irá lhe fazer ter vontade de largar tudo o que lhe parecia importante antes de lembrá-la. Tudo o que era importante torna-se tosco, pequeno, insignificante e terrívelmente maçante.



Att M.A.G.S

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

1984 - Orwell/ Obra Tolkien

Ler Tolkien e 2 dias depois ler 1984 do Orwell é, no minímo, conflitante. O Tolkien, que foi contemporâneo do Orwell, não nasceu na Inglaterra, assim como o Orwell, porém fora criado na capital britânica, tem uma concepção de Homem, sentimento, princípios, da não possibilidade do descartamento da humanidade, da não possibilidade de extinção dos instintos, da essência que difere o Homem do animal, do âmago humano, no qual, apesar de qualquer atitude, há um código de honra que se reduz, se ofusca, mas não se destrói, que diverge absolutamente do sentimento pessimista e desacreditado do Orwell em relação à esses assuntos.

Para o Tolkien, sempre haverá o reduto desse código de honra numa caverna escura, na qual os Homens passam de pai para filho os ensinamentos da manutenção da existência desse código, por mais que todo o mundo apocalíptico do Orwell se estabeleça, em algum lugar há um herói, alguém que manteve os princípios dentro de sí, passará para outros, alguém que sempre sabe como agir, como deve fazer, e que sempre reconsquistará a humanidade, derrotará àquele que tem como objetivo de vida contrariar tais princípios, fará com que ele trame de novo, de forma a se enganar, já que é sabido que sempre haverá esse herói, sempre haverá quem, de forma nobre, viverá no exílio pondo em prática seu destino de fazer as características princípais de seu exílio se tornarem as características principais do mundo então patológico, e as características principais do mundo patológico se tornarem as características do exílio. O Tolkien é quase poético, romântico. Creio no alerta desesperado do Orwell, mas também creio na essência da poesia tolkiniana.

Att. M.A.G.S

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Portugal

Eu tenho muita coisa contra Portugal. Ao meu ver, foi aonde tudo desandou para nós. Portugal tem uma cultura de não olhar pro futuro, se está bem no presente, para e curte. Além do comodismo, protestos e revoltas são extremamente raras. Nossos vizinhos colonizados pelos espanhóis frequentemente fazem revoltas, protestos e similares em relação aos atos políticos desaprovados por eles. Nós não movemos uma palha.

Eu não consigo conceber o fato de que Portugal, o país que centralizou primeiro o poder, saiu ao mar primeiro, colonizou a colônia mais próspera da américa, monopolizou o caminho das índias por anos, tenha se tornado a escória da Europa em apenas 500 anos.

Quando chegou a hora de fazer a Revolução Industrial, eles não acharam tão necessário. Até porque, pra que ter tanto trabalho e tantos gastos quando o Brasil produz tanto ouro, prata, pau brasil, açucar etc? Esse pensamento é o responsável por uma das posturas mais nocivas do brasileiro. O comodismo quando numa boa situação.

A política de lá também nunca teve bons históricos. Sempre ligada fortemente à ICAR(Igreja Católica Apostólica Romana), foi conivente com atos cruéis e corruptos. Colocando em primeiro lugar o interesse dos Reis, da Igreja e dos Nobres, o povo era vítima de uma rede de corrupção longa e estruturada. Essa descrição lhe lembra algum país?

Todo esse desinteresse de nosso povo perante a política vem deles. Não credito toda a culpa nos lusitanos, seria fácil demais. Mas eles contribuiram e muito. Deveríamos ter suplantado essa cultura lamentável, já fizemos um pouco. Um dos fatos que comprovam tal opinião é a "coincidência" de que, aonde a cultura portuguesa foi mais forte, temos um IDH menor, e o inverso também é real.


Att M.A.G.S

Brasil

Atualmente há um ciclo vicioso. É necessário educação e politização da população para que haja votos e candidatos decentes. Mas quem promove a educação e a politização é o governo, que é deficiente e não consegue tal feito.

É necessário UMA grande personalidade que traga uma mudança extrema, não há esperença no todo, e sim no um.
Não dá para crer que a maioria dos brasileiros é capaz de eleger um bom presidente, sem contar a situação deplorável em que se encontra o ânimo dos brasileiros para com a política. Não há pessoas decentes com ânimo para se candidatar, nem pessoas com instrução o suficiente para eleger um bom presidente. As mais óbvias das medidas não são tomadas, como por exemplo tirar a obrigatoriedade do voto, tirar as propagandas de incentivo ao voto, igualar o tempo na televisão(é ridículo uma bancada maior ter mais tempo, isso é crucial para a manutenção de uma oligarquia no país, a reeleição dos mesmos no poder, sem chance para novos partidos).


Pequenos erros contribuem para isso. Um exemplo é o mau incentivo da leitura, o governo tem sido utópico. Não dá para incentivar a leitura numa criança/adolescente com Machado de Assis, Érico Veríssimo, Rubem Fonseca... Essa leitura é sacal para essa idade. É uma leitura avançada demais. Deve-se estimular a leitura com algo de acordo com a idade do leitor. O próprio Dan Brown é suficientemente instigante, a Rowlling, o Tokien, a Agatha Cristhie, o Douglas Adams...

A partir do momento que uma criança/adolescente se interessa pela leitura e gosta, ai a leitura se desenvolve normalmente nele(a), ele(a) vai procurar esses livros clássicos no momento certo, quando estiver preparado para isso. O que o governo faz com essa utopia é desincentivar a leitura. Não preciso citar os benefícios do hábito de ler, certo?


Att. M.A.G.S

Pseudo ateus

 Há, hoje em dia, uma forte tendência ao ateísmo. Essa tendência vem, ao meu ver, junto da vontade de parecer intelectual, diferente e decidido. Da vontade de não estar enquadrado no esteriótipo do fiel religioso. Da vontade de expor para todos um pensamento único, agressivo e agudo.

Não há problema algum com o ateísmo, o problema vem com o pseudo-ateísmo. Aquele que denomina-se ateu sem ao menos estudar o ateísmo, munir-se de argumentos válidos, refletir sobre em que está depositando sua opinião, construir uma base satsifatória para ela, esse é um pseudo-ateu. Tipo que está multiplicando-se com incrível velocidade. Eles tem características em comum, em primeiro lugar, vem o sarcasmo e a ironia como linha de frente em seu "exército" de argumentos decorados. Eles tem muitos argumentos, mas apenas para um tipo de pessoa. Se o interlocutor do pseudo-ateu não se enquadrar no modelo no qual ele se baseou ao decorar seus argumentos, ele fica nervoso, debochado e tentando desesperadamente fazer você adaptar-se a tal modelo. Uma de suas frases tipícas e prediletas em tais situações é "Mas se você crê na opinião x, deve também crer na opinião y, a, b,c..."

Uma das grandes culpadas da existencia de tais argumentos são as insituições religiosas, além de alienar os gados que se intitulam fiéis, ela ainda dá argumentos para descerebrados que resolveram adotar o "ateísmo", sem nem mesmo entender o que é. Esse tipo decora alguns argumentos clássicos, e quando topam com um alguém que não se enquadra como alvo desses argumentos, ficam mudos.

Att M.A.G.S