História para contar
Perpetuada enquanto ato
Quando aquele nos dá prazer
Mesmo que apenas um aparato
Que nos faça, um pouco, reviver.
E numa história bem contada
Ou num momento bem vivido
Especial deve ser o cenário
E no ar é preciso a libido.
Preto é o Ouro da mina
Da república o ar na esquina
Quem viveu um amor na ladeira
Desvenda o mistério da rima
Portanto há cenário melhor que Ouro Preto?
Com seu típico fervor republicano?
Seja sob a lua do Império de Pedro
Ou na hierarquia de bixo-decano.
E foi assim que vivi liberdade
Bêbado e descendo a viela
Dessa Rica Vila mineira
Que em meu peito pintei em aquarela.
E de tudo que vi foi naquela
Noite que bêbado adentrei
Que vivi e conheci tão bela
Moça que então encontrei
Ou foi ela quem me encontrou?
Maltrapilho e sem direção
Foi então que cruzei o olhar
E senti em meu coração
Foi paixão, amizade, carinho?
Não sei afirmar com certeza
Mas naquela estranha em meu caminho
Eu vi bondade por natureza
E fiquei aos cuidados da moça
Até da noite findar-se o véu
E ao acordar noutro dia
Fitei os olhos de um anjo do céu.
Mente Quadrada
domingo, 22 de novembro de 2015
quarta-feira, 2 de abril de 2014
Seu fim no horizonte se faz por linha precisa
Como precisa é sua inspiração
Como precisa é sua inspiração
Exata e retilínea
Como seria
Da vontade que sinto de te ver
Matemática função
Invariavelmente existente
Inescrupulosamente gritante
No topo de minha oração
Já no começo, o quebrar das ondas rege a respiração
Tão diferente de seu eternamente disposto fim
Pra quem no peito possui forte pulsação
A semelhança no quebrar das ondas é dúbia
Depende do quão profundo se tem coração
Pode-se observar rotineiro ciclo
Ou degustar, em cada nascer, crescer e findar
Uma vasta e inebriante gama de diferente emoção
E o selar do fim de cada onda
Traduzido ao som do chuá
Faz de um lado no peito um sentimento nascer
E do outro um sentimento acabar
terça-feira, 8 de outubro de 2013
Estrela Vespertina
Ao enveredar por vias que exercem fascínio ao homem-rapaz
Que dilatam certeza
Conjugam clareza
O tornam tenaz
Um barco ancorado
Que de incomodado
Zarpa oposto ao passado
Buscando a paz
Sua inquietação
Que provém da paixão
Vivida ou não
O expulsa do cais
Mas o mar é bravio
Sua nau
Um navio
Busca o fim do vazio
Que ficou para trás
Pra guiar meu caminho
Duas estrelas
Um vinho
E tristeza jamais
Caminhos distintos
Sigo por puro instinto
Animal, eu não minto
O caminho normal
A estrela argentina
Como a prata na mina
Irradia forte meu norte
Sem nenhum vendaval
Mas há outro caminho
Outra sina
Estrela vespertina
Que fraca no céu
Seu caminho
Um vão
Inaconselhável seguir sua trilha
Sinuosa
Confusa
De dúvida profusa
E profusa solidão
Ao longo do caminho
Descubro sozinho
Que é preciso o espinho
Que causa desalinho
E por fim emoção
Escolhi errôneo destino
Traiçoeiro e mesquinho
Sedutor de um menino
Quem em dor
Desatino
Quis acalentar seu coração.
O caminho difícil
Doído
Era certo
Pois por mais que deserto
Após o mar aberto
Alcançava a paixão.
sábado, 28 de setembro de 2013
Otelo
Maturidade é a nobreza de permitir-se lembrar
Admitir um sentimento dolorido tirar seu ar
Não sufocar
Fingir não se importar
Não tentar se esquecer
Da vida deletar
O que te faz sofrer
Não é assim que vai melhorar
Um dia o dique estoura
E o rio vem violento
Aí é que vai doer
E não vai ser por um momento
Ao invés de represar
Faz bom uso do rio
Alivia teu calor
Ao invés de sentir frio
O orgulho lhe protege
Deixa-lhe bem confortável
O uso prolongado d'armadura
Lhe deixa em estado imutável
De guerra
Frieza
Ditatorial
Digo-te de antemão
Não vais combater o mal
Apenas adiar
Deixá-lo na espreita
Não vais dormir tranquila
Com frio na espinha
Sai logo dessa armadura
Se esconde atrás da minha!
Vem cá que eu lhe abraço
Te mostro como é belo
Vem pro campo
Larga o aço
Não viste a história de Otelo?
Admitir um sentimento dolorido tirar seu ar
Não sufocar
Fingir não se importar
Não tentar se esquecer
Da vida deletar
O que te faz sofrer
Não é assim que vai melhorar
Um dia o dique estoura
E o rio vem violento
Aí é que vai doer
E não vai ser por um momento
Ao invés de represar
Faz bom uso do rio
Alivia teu calor
Ao invés de sentir frio
O orgulho lhe protege
Deixa-lhe bem confortável
O uso prolongado d'armadura
Lhe deixa em estado imutável
De guerra
Frieza
Ditatorial
Digo-te de antemão
Não vais combater o mal
Apenas adiar
Deixá-lo na espreita
Não vais dormir tranquila
Com frio na espinha
Sai logo dessa armadura
Se esconde atrás da minha!
Vem cá que eu lhe abraço
Te mostro como é belo
Vem pro campo
Larga o aço
Não viste a história de Otelo?
Primeiro Eu Te Amo
O coração que se protege injeta lembranças venenosas
Projeções tortuosas
Não mentirei para ti
A maior parte das minhas são libidinosas
Creio que mesmo quando a paixão se vai
O afeto perdura
Que o carinho se mantém na mente madura
Me importo contigo
Nem lembro mais de como consegui a cicatriz
Mas lembro de como foi bom poder retirar a atadura
Tenho esse impulso de reaproximação
Deixo-o claro assim
Não me importo com interpretações grosseiras
Acredito ser firme tua opinião de mim
Esses dias, variei a lembrança
Saiu a libido
Surgiu o sorriso
Sem medo
Espontâneo como o eu te amo
que tentamos reprimir por ser muito cedo
Incontrolável
Como o mesmo acabou se provando
Constrangedor foi
E gostoso como depois
Poder relaxar sem se preocupar
Com o que o outro poderia estar pensando
Me preocupa suas atitudes direcionadas a mim
Não se esqueça que sentimentos bons se transformam
Mas nunca em sentimentos ruins
Ao fim de tudo reforço
O sentimento bom se transformou
Não sei se por azar ou se por sorte
Mas a atração carnal, a libido, o desejo?
Bem, não vou mentir
Esses continuam forte.
Projeções tortuosas
Não mentirei para ti
A maior parte das minhas são libidinosas
Creio que mesmo quando a paixão se vai
O afeto perdura
Que o carinho se mantém na mente madura
Me importo contigo
Nem lembro mais de como consegui a cicatriz
Mas lembro de como foi bom poder retirar a atadura
Tenho esse impulso de reaproximação
Deixo-o claro assim
Não me importo com interpretações grosseiras
Acredito ser firme tua opinião de mim
Esses dias, variei a lembrança
Saiu a libido
Surgiu o sorriso
Sem medo
Espontâneo como o eu te amo
que tentamos reprimir por ser muito cedo
Incontrolável
Como o mesmo acabou se provando
Constrangedor foi
E gostoso como depois
Poder relaxar sem se preocupar
Com o que o outro poderia estar pensando
Me preocupa suas atitudes direcionadas a mim
Não se esqueça que sentimentos bons se transformam
Mas nunca em sentimentos ruins
Ao fim de tudo reforço
O sentimento bom se transformou
Não sei se por azar ou se por sorte
Mas a atração carnal, a libido, o desejo?
Bem, não vou mentir
Esses continuam forte.
Flor Rara
Como será que se sente uma flor rara no cume da montanha?
De que adianta, toda beleza, se a tristeza, floresce à tarde
Nasceu ali num dia frio uma façanha
Sem outras flores
Sem outra vida
Sem Liberdade
Conhece a vista
Bem lá de cima
Obra de arte
De que adianta
Não ter ninguém
Pra dividir
Essa verdade
Inveja a rosa
Que tem amigos
Por toda parte
Não é tão sábia
Mas o saber
É multiface
Não vale a pena
Sabedoria
Sem amizade
É um dilema
A pobre flor
Sente saudade
Mas é possível
Sentir saudade
Sem ter vivido
Sentir saudades
Do que foi seu
Num soinho vívido
Mas do que a rosa
A pobre flor
Idealiza
Uma outra flor
Que como ela
Sofre na brisa
Brisa gelada
Vento cortante
Uivando forte
Vento Altivo
Vento Voraz
Determinante
Vento Fugaz
Vento Benigno
Que traga sorte
De encontrar
Um'outra vida
Que corresponda
Essa demanda
De alegria
O devido fim
Ao sentimento
De agonia
O seu caminho
Sem ter vontade
De outra via.
Ser como é
E encontrar
Um outro assim
Para que possa
Sorrir tranquila
Enfim
De que adianta, toda beleza, se a tristeza, floresce à tarde
Nasceu ali num dia frio uma façanha
Sem outras flores
Sem outra vida
Sem Liberdade
Conhece a vista
Bem lá de cima
Obra de arte
De que adianta
Não ter ninguém
Pra dividir
Essa verdade
Inveja a rosa
Que tem amigos
Por toda parte
Não é tão sábia
Mas o saber
É multiface
Não vale a pena
Sabedoria
Sem amizade
É um dilema
A pobre flor
Sente saudade
Mas é possível
Sentir saudade
Sem ter vivido
Sentir saudades
Do que foi seu
Num soinho vívido
Mas do que a rosa
A pobre flor
Idealiza
Uma outra flor
Que como ela
Sofre na brisa
Brisa gelada
Vento cortante
Uivando forte
Vento Altivo
Vento Voraz
Determinante
Vento Fugaz
Vento Benigno
Que traga sorte
De encontrar
Um'outra vida
Que corresponda
Essa demanda
De alegria
O devido fim
Ao sentimento
De agonia
O seu caminho
Sem ter vontade
De outra via.
Ser como é
E encontrar
Um outro assim
Para que possa
Sorrir tranquila
Enfim
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