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sábado, 28 de setembro de 2013

Flor Rara

Como será que se sente uma flor rara no cume da montanha?
De que adianta, toda beleza, se a tristeza, floresce à tarde
Nasceu ali num dia frio uma façanha
Sem outras flores
Sem outra vida
Sem Liberdade

Conhece a vista
Bem lá de cima
Obra de arte

De que adianta
Não ter ninguém
Pra dividir
Essa verdade

Inveja a rosa
Que tem amigos
Por toda parte
Não é tão sábia
Mas o saber
É multiface

Não vale a pena
Sabedoria
Sem amizade

É um dilema
A pobre flor
Sente saudade

Mas é possível
Sentir saudade
Sem ter vivido
Sentir saudades
Do que foi seu
Num soinho vívido

Mas do que a rosa
A pobre flor
Idealiza
Uma outra flor
Que como ela
Sofre na brisa

Brisa gelada
Vento cortante
Uivando forte
Vento Altivo
Vento Voraz
Determinante
Vento Fugaz
Vento Benigno
Que traga sorte

De encontrar
Um'outra vida
Que corresponda
Essa demanda
De alegria

O devido fim
Ao sentimento
De agonia

O seu caminho
Sem ter vontade
De outra via.

Ser como é
E encontrar
Um outro assim

Para que possa
Sorrir tranquila
Enfim

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